quinta-feira, julho 26, 2007

Solidão é senhora

E tristeza não tem fim.
E pra fazer um samba com beleza é preciso um bocado de tristeza.
E eu?
Eu sou uma mulher.
Uma mulher que tem qualquer coisa além da beleza
Qualquer coisa que sofre,
Qualquer coisa que chora
Qualquer coisa que sente saudade,
Um molejo de amor machucado,
Uma tristeza que vem da beleza.

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Eu não adianta eu cansar de fazer samba triste. Porque eu acho que nasci assim. Eu acho que o meu coração tem um pedaço que foi trocado. Por uma melancolia, misturada com nostalgia e dor. Então deve ser por isso.

Por isso que o amor nunca é suficiente. Que a paixão nunca é satisfatória. Que a solidão sempre me acompanha, mesmo em meio à multidão. Uma multidão de corações solitários também.

Deus, nenhum dos meus caminhos parece me levar ao mar que eu tanto sonhei. E a dor não passa. Nunca.

quarta-feira, julho 25, 2007

Tinhosa, eu?!

Aí, que quando eu estava com o outro bofe, eu soube de uma piriguete brasileira que ele pegava. Criei um perfil no orkut só pra xeretar a baranga. E virei até "amigo" dela.

Já nem tô mais com o bofe e hoje, depois de séculos, ela "me" escreve. Tá com saudades do meu eu masculino. Será que ela se apaixonou pelo P*? Judiação.

Às vezes eu me sinto com 16 anos e estudando no Colégio Estadual do Paraná. Pena que eu não tem mais nada disso. Nada disso.

terça-feira, julho 24, 2007

Craigslist

Eu sou viciada. Conseguir coisas de graça é meu esporte favorito.
E olha o que eu consegui semana passada. Tava fedendo a cigarro, mas um pouco de Borax e Oxyclean, mais umas borrifadas de Febreeze, e cheira como novo.

A Pancada conseguiu tapetes novos pro carro dela. Eu consegui uma tv 25 polegadas por 25 dolares. God Bless America!

segunda-feira, julho 23, 2007

Coincidência?

Eu não acredito muito nisso não. Eu acho que certas coisas têm que ser, e que o Universo conspira para que essas coisas sejam.

Estava eu fazendo minha caminhadinha numa tarde não muito quente do verão de Viriínia. Por conta de tanta loucura que eu carrgo na caixola, eu sempre achei que os placos seriam o melhor lugar para eu extravazar essa doidera toda, mas o teclado também é uma boa opção. Eu deveria ser escritora. Porque numa caminha dessa, eu penso em tanta coisa, eu invento tanta história. Eu moro em países exóticos, eu caso e tenho filhos, eu termino namoro, eu faço tanta coisa...

Enfim, nesse dia, eu resolvi que tinha um cachorro. E lá estou eu absorta em meus pensamentos, em minhas viagens, com meu filhotinho novo. E eu penso, ah, se eu tivesse um cachorro agora, seria uma pastor alemão. E tenho na cabeça a imagem da tal cachorrinho. E eu penso, que nome eu daria pra essa criatura? Eu já tive de tudo, Polaca, Louppy, Ludovicão, Bernanardo, Josefina... Ah, já sei! Ella, como a Fitzgerald. Adoro a música dela, e Ella é um nome simples e bonito. E pronto, fiquei me imaginando brincando com a minha Ella. Mas meu pensamento também passa muito rápido, então logo virei a esquina e pensei em algo diferente.

Americano adora cachorro. Toda a hora tem alguém andando com cachorro pela rua. E assim que eu virei a esquina, do outro lado da rua tinha uma moça com um filhote de pastor. Coisa mais gostosa do mundo. Atravessei a rua só pra brincar com o bichinho. Aí eu perguntei pra moça o nome do cachorrinho, ela disse, é fêmea, o nome é Ella.

Coincidência?

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sexta-feira, julho 20, 2007

E o ACM, hein?

Quem diria, morreu...

Depois dizem que vaso ruim não quebra. Quebra sim. Demora, mas quebra...

Pessoa péssima essa que vos escreve. Vi a manchete e peguei o telefone pra ligar pra alguém, quem quer que fosse, só pra dividir as "boas" novas...

quinta-feira, julho 19, 2007

Fatalidade? Meu cú! Ou nem isso...

Pois é, eu poderia culpar a fatalidade pelo fato de ter tido minha bunda exposta em praça pública, mas não foi não. Foi falta de atenção.

Eu estive lendo as conclusões da CPI que investigou o acidente com o avião da Gol e me veio à cabeça algo que não é novidade prá ninguém: acidentes como esse não acontecem do nada e nem acontecem por causa só disso ou só daquilo. É uma conjunção de fatores. E o problema de sempre, é aquele velho hábito podre do ser humano de apontar o dedo prá alguém, quem quer que seja, porque a culpa nunca é minha!

No caso da Gol, um controlador não foi claro quanto às instruções de vôo. Os pilotos não atentaram ao (des)ligamento do transpoder. Outros controladores não repararam nas irregularidades registradas no radar. Resultado: 154 pessoas, mães, filhas, maridos, filhos, amigas, amantes, confidentes, companheiros, avôs, vidas.

Na tragédia dessa semana, após as investigações, irão descobrir que a pista estava irregular aliada a uma falha mecânica, ou a uma falha do piloto, e mais uma vez vamos pra estória do, é, mas a culpa não é minha. Se ele tivesse feito a parte dele.

A culpa não foi dos pilotos americanos, se os controladores tivessem prestado mais atenção... A culpa não foi dos controladores, se eles não estivessem sobrecarregados... A culpa não é da aeronáutica, se o transponder estivesse ligado...

Daqui a uns meses, a culpa não será da Infrearo e sua usura em entregar a pista pronta, se o piloto não tivesse acelerado... A culpa não é do piloto, se a pista fosse mais longa... A culpa não é do mecânico, se a pista tivesse grooving... A culpa não é da Airbus, se o avião tivesse sido inspecionado... E por aí vai.

No meu primeiro emprego eu aprendi a importância de fazer a sua parte e a parte do outro num trabalho. Contar que o outro fez o que deveria, não vale de nada. O consumidor final não quer ver trabalho meio feito, serviço meio entregue. Faça a sua parte e preste atenção no que o outro está fazendo ou deixando de fazer. Eu fui acusada outro dia de ser pessimista, ou até pior, negativista, porque eu estava levantando todas as piores possibilidades num caso de uma amiga minha. Se ela não se preparar para o pior e insistir em viver nesse estúpido mundo de Poliana, quando um problema bater à sua porta, não será mais um problema, será um desastre, porque não há estrutura alguma montada para esses casos. Por isso à vezes bonitinho reclama de eu ser devagar no trânsito, porque eu estou sempre antecipando as palhaçadas que alguém pode vir a fazer. E eu mesma não estou livre de fazer palhaçadas, como já fiz. E ainda bem que alguém estava sobrealerta nesse dia.

Errar é parte na natureza humana, um dia todo mundo erra. Mas nos dias em que não estamos errando, porque não prestar atenção dobrada, pra compensar aqueles que por algum motivo, estão errando. E quando estivermos achando que merecemos um dia de relaxamento, vamos pensar que talvez porque todo mundo pensou isso ao mesmo tempo, centenas de pessoas foram para a cama sozinhas, sem um beijo de boa noite, sem uma história de dormir ou sem uma mensagem dizendo o quanto eram amadas.

quarta-feira, julho 18, 2007

Sem título

O país parou para assistir ao tal Pan e não se falava mais em outra coisa.
Aí morreram mais de 180 pessoas, e criou-se aquela comoção babaca típica do Brasil.
Ah, e lembra daquele repórter americano filha de uma grandíssima puta, que queria poruqe queria responsabilizar o "péssimo" controle aéreo do Brasil pelo acidente da Gol? Veio dizer, olha aí, não aprenderam a lição, caiu mais um! Só faltou dizer "bem feito!"
O Brasil tá cheio de babacas, não dá prá negar. Mas esse americano é um grandessíssimo babaca. Bem, deixa ele...
Fato é: esse acidente de ontem à noite aconteceu por falta de atenção e interesse das autoridades. Quatro aviões derraparam nessa pista nos últimos meses. A pista não tinha o tal do grooving. Aparentemente, antes da "reforma" da pista, sempre que chovia uma medição era feita na pista periodicamente, para se verificar as condições de uso. Se a lâmina de água fosse um perigo iminente, a pista era fechada. Agora, ao invés disso eles estavam filmando (?) os pousos. Bem, alguém anda dormindo na hora do filme. Porque um bando de aviões derrapando e ninguém faz nada a esse respeito?!
Agora, o pior de tudo, é a galera do "a culpa é dele!" Nunca tive estômago pra pessoas que precisam achar um responsável por tudo e que nunca se responsabilizam por nada. Vamos sim, encontrar as causas, consertar os erros e seguir em frente. Depois de ter certeza que nenhuma outra mãe vai ter que sofrer por perder dois filhos adolescentes numa tragédia assim, aí sim nós vamos ver quem não fez o dever de casa e puxar-lhe as orelhas.
Nesse meio tempo, eu vou orar por essas famílias. Sim, porque assim que eu vi que havia uma lista de ocupantes do vôo, eu fui ler rezando pra não encontrar a minha amiga de fé, quase irmã, que é comissária da Tam. Graças a Deus ela não estava lá. Mas muitas irmãs, amigas, pais, filhos, maridos e amantes estavam lá. E que Deus conforte os que choram por eles nesse momento.
O Brasil precisa crescer e deixar de ser um adolescente inconsequente.
Eu continuo tendo orgulho de ser brasileira, nunca quero deixar de sê-lo. Mas eu sonho que um dia o meu país e o meu povo aprendam que há coisas mais importantes na vida que futebol e carnaval...
Agora, vamos no preparar pra algumas semanas de puro alarde em torno desse acidente, e uma consequente amnesia. Como aconteceu com o Joao Helio, quem ainda lembra?
Eu lembro.

terça-feira, julho 17, 2007

Neuras?

Aqui nos EUA as calcinhas ou são fio dental, ou são calçolão. Sou obrigad a ficar com o fio dental. Mas a saia era de malha, leve, imperceptível. E eu fui no banheiro. Dez minutos depois de eu estar andando pela rua na frente da casa, bonitinho diz, o que há de errado com a sua saia? A barra prendeu no elástico. A bunda TODA de fora...

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Esse mico é pouco? Bonitinho me "ensinou" a usar calça jeans sem calcinha. Massa. Mas a moça na farmácia me disse discretamente que o zíper tava aberto... Sorte que eu sou adepta do brazilian wax, né?

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Então, a amiga maluca que se instalou na minha casa casou com um cara uma semana depois de conhece-lo (tudo pelo green card...) e agora, um mês depois, tá grávida. É mole, ou quer mais?

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E eu ouvi dizer que a outra casou também. Tomara. Tudo pelo green card!!!!! Eu quero mais é que ele tome um chifre do tamanho da estupidez dele e do desprezo dela por ele.

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E sabe que eu até hoje tô no meu bom e velho visto de estudante? Mas sabe de uma, eu quero casar com aquele homem que vai olhar pra mim e me fazer tremer quando me disser que quer ter um filho comigo. Eu mereço. Green card, EUA, porra nenhuma dessa faz a felicidade de ninguém. No fim, todo mundo acaba envelhecendo sozinho. E eu quero ter o meu eterno namorado segurando a minha mão. Mesmo que cheire a cigarro...

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E sabe que Toller e Israel meio que têm razão? Azar o meu...

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Tanto calor. E tanto amor...
© 2006 Neurótica