quinta-feira, julho 26, 2007

Solidão é senhora

E tristeza não tem fim.
E pra fazer um samba com beleza é preciso um bocado de tristeza.
E eu?
Eu sou uma mulher.
Uma mulher que tem qualquer coisa além da beleza
Qualquer coisa que sofre,
Qualquer coisa que chora
Qualquer coisa que sente saudade,
Um molejo de amor machucado,
Uma tristeza que vem da beleza.

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Eu não adianta eu cansar de fazer samba triste. Porque eu acho que nasci assim. Eu acho que o meu coração tem um pedaço que foi trocado. Por uma melancolia, misturada com nostalgia e dor. Então deve ser por isso.

Por isso que o amor nunca é suficiente. Que a paixão nunca é satisfatória. Que a solidão sempre me acompanha, mesmo em meio à multidão. Uma multidão de corações solitários também.

Deus, nenhum dos meus caminhos parece me levar ao mar que eu tanto sonhei. E a dor não passa. Nunca.
© 2006 Neurótica