terça-feira, setembro 13, 2011

Da cor do mar

Ele me completa. E enche o meu mundo com o azul dos seus olhos.

sábado, março 26, 2011

Hard challenges

Being alone is the hardest part of being human. Some people say we are born alone and we die alone. I definitely was born alone, but I hope I won't die the way. Meanwhile, I live lonely, without being completely alone.

Things just get so complicated when you grow up. I just want to continue being a kid.
Yes, because today, while driving to work, I realize I am definitely a grown up.

As teenagers we always think that our dramas are so intense that nothing will ever be as bad.Then I caught myself talking about how this is the hardest thing I have done in the past few years. And perhaps the last few years were the most challenging. I guess it's not hard, just challenging...

quarta-feira, dezembro 29, 2010

Estante

Eu acho que no fim das contas, eu sempre amei as possibilidades mais que as realidades. E me escondi no meio delas, tanto e com tanta intensidade, que muitas vezes me perdi. Mas tambem me achei. Talvez só por hoje. Mas por hoje, achei algum equilíbrio. E se eu acreditar o suficiente nas outras possibilidades que vejo à minha frente, talvez eu ache alguma realidade que está guardada para mim, esperando para vir à tona.

Na outra noite eu sonhei com quem me machucou muito. Nos olhávamos olhos nos olhos, concordávamos num determinado assunto e mão na mão, percebemos que era isso, que o que contava era que olhávamos na mesma direção, da mesma perspectiva e com as mesmas conclusões, ainda que depois daquilo, não nos olhássemos jamais. Se os olhos são as janelas da alma, e se lançamos os nossos olhares na mesma direção, então as nossas almas estiveram juntas, naquele instante, e isso é o que conta. O que vier depois faz parte de outra estória. E estórias não precisam ser sempre vividas. Às vezes, basta colecioná-las, mantê-las à vista para serem relidas, consultadas, folheadas, mas não para serem vividas. Como os livros na estante.

segunda-feira, novembro 01, 2010

As voltas do mundo

Recebi uma notinha comentando minha ausencia, e ando com saudades disso aqui. Resolvi dar uma passada, tirar o pó das prateleiras e é claro, divagar sobre a vida. 2010 tem sido um ano de revelações e renovações.

No início do ano terminei meu relacionamento de três anos e tanto, que era cheio de traições e farsas. Ele me traía e eu fazia que não via, eu traía e fazia que não via também. E o conforto da relação estabelecida e das fugas nos momentos de dor davam a impressão de segurança. Mas relação aberta nunca foi o meu forte, e o dia (após o término) em que minha amiga achava que eu realmente vivia numa relação abertament aberta, eu me dei conta de que aquilo jamais foi o que eu queria para a minha vida. E ainda ontem pensei nessa relação e pensei se ainda havia alguma lágrima a ser derramada, afinal eu tinha muito amor por ele, mas não. Caso fechado, página virada, apenas um capítulo a mais na minha história.

Uns poucos dois meses depois do término eu senti que as minhas lágrimas tinham realmente lavado a minha alma e o post de abril prova isso. E quando eu me vi bem, com uma atitude mais positiva, apareceu a pessoa que aparentemente muda toda a história da minha vida. E a gente casou um mês depois.

Eu ainda choro muito, todas as noites, mas por outros motivos. Há um mês atrás ele partiu para o Iraque a trabalho. Ao mesmo tempo em que eu aprecio ter a cama inteira para mim (sempre apreciei) as vezes ela me parece um mar sem fim. E novamente eu nao tenho ninguém pra ligar e dizer onde estou, ninguem pra ir comigo onde eu vou. Mas eu sei que eu tenho alguém, lá do outro lado do mundo que pensa em mim quando o dia dele vai de mal a pior, só pra poder encontrar forças pra continuar. E eu penso nele quando eu abro os olhos de manhã ou quando eu escovo os dentes ou vou ao supermercado. Ou em qualquer outro momento do dia.

A minha vida sempre foi marcada por distanciamentos, por despedidas e aeroportos. Eu nem pude me despedir da minha avó antes de ela falacer em dezembro. Mas ontem à noite ela me visitou e me trouxe queijadinhas. E me disse "fica com Deus, filha," como ela sempre disse. E benção de vovó é como praga de fada madrinha, sempre pega. E a vida continua e continua tendo o mesmo potencial de ser doce, como as queijadinhas da vovó. Basta a gente achar a perspectiva correta e gravar a imagem, como uma fotografia. Quantas vezes eu não lamento não ter minha câmera comigo, porque certos ângulos se perdem no segundo seguinte...

Por agora, como diria o poeta, de tudo ao meu amor serei atento... e que seja eterno enquanto dure.

sexta-feira, julho 02, 2010

Ninguem

Eu estive ouvindo Capital Inicial ontem, e prestei atencao na letra da musica:

Ninguém pra ligar e dizer onde estou
Ninguém pra ir comigo onde eu vou
Por outro lado
Ninguém pra abaixar o volume
Ninguém pra reclamar dos pratos sujos
Ninguém pra fingir que eu não amo

Eu tive um breve momento de ninguem na minha vida. E era muito bom nao ter ninguem pra reclamar dos pratos sujos, ou pra deixar a TV ligada a noite inteira. E durante esse breve momento, eu acho que nem senti muita falta de alguem pra ir comigo onde eu vou. Mas eu dei um basta na era do ninguem na minha vida. Pra sempre. Ou ate que a morte nos separe... E eu nao me arrependi, em momento algum. Mas as vezes eu penso na era do ninguem, e me pergunto se eu curti isso o suficiente. Ai eu penso como uma velha tia solteirona (coisa que eu ja sei que eu nao serei) falando para a jovem sobrinha que terminou com o namorado: aproveite o tempo que voce tem sozinha entao, curta esses momentos porque eles sao valiosos tambem. Nao ter ninguem pra reclamar dos pratos sujos pode ser melhor do que ter alguem pra ir com voce onde voce vai.

Mas nao tem problema. Eu estou feliz com o rumo que as coisas tomaram. Quem diria que a felicidade viria de um lugar tao insuspeito, tao baixinho e tao clarinho...

segunda-feira, junho 14, 2010

Alma lavada e renovada

Nada como um dia apos o outro. E nada como um coracao aberto. Nao se cura dor de um amor velho com um amor novo - mas quando decidimos parar de sofrer pelo o que nao nos pertencia, a vida pode muito bem nos trazer o que era pra ser nosso o tempo todo. E a vida so nos traz o que precisamos no tempo certo.

Eu estou com a alma renovada, com o peito aberto e cheio cheio cheio de amor.

quinta-feira, abril 22, 2010

2010 possibilidades

Assim que eu estou vendo a minha vida e eu gosto disso.

Eu escrevi no inicio do ano que 2009 foi um ano cinza. Desde entao varias coisas aconteceram que materializaram em 2009 momentos que eu achei que fossem os piores vividos por mim ate entao. E talvez tenham sido, mas o que nao nos mata, definitivamente nos fortifica.

É preciso muito tempo para ver que as coisas que nos diziam quando éramos adolescentes eram verdade. Que ninguém morre de amor, que o tempo passa rápido, que homem é qu enem biscoito, vai um e vem oito... Isso foi uma piada. Mas definitivamente, não se pode chorar por um amor defunto por muito tempo. Apenas à distância pode-se avaliar quão tóxica uma relação é na sua vida. Não interessa se é relação de trabalho, de amizade, de amor. Quando se está dentro, acredita-se que seja normal sentir daquele jeito.

O melhor de tudo, é pensar que agora eu posso ir pra onde eu quiser. Agora eu posso fazer o que eu quiser. Eu posso escolher quem eu quiser, não preciso abrir mão das características que eu sempre quis encontrar em alguém. Agora eu posso cogitar ter alguém que curta fazer trilhas comigo, que goste de ler, que não precise beber todos os dias, ou que simplesmente atenda o telefone quando eu ligar. E eu ainda posso ter alguem que goste de Family Guy ou de cozinhar comigo, alguém que arrume meu carro ou alguém que aprecie passar um fim de semana inteiro na cama, sem se preocupar com o mundo. Porque sim, pode-se achar tudo o que se procura sim. Mas para isso é perciso ter paciência e ir procurar outras coisas. Deus nos dá tudo o que precisammos somente no momento exato em que precisamos e que estmos preparados.

Enquanto isso, aproveite o dilúvio que cai na sua horta e siga sempre em frente. Não temos tempo a perder.
© 2006 Neurótica