sábado, julho 22, 2006

E se o tal do amor existir mesmo?

E se o tal do amor existir mesmo?
Pode ser então que as juras fossem verdadeiras, que as lágrimas fossem sinceras que e que as intenções fossem concretas.

Um dia eu abri os olhos e sorri aliviada por despertar. Meu último pesadelo tinha sido aos sete anos, nem me lembrava mais como podia ser ruim. Eu fechei os olhos e chorei. A outra metade da cama estava fria. O sonho não durou nem um minuto, a realidade se arrasta até hoje.

E se o tal do amor existir mesmo?
Pode ser então que essa jura seja verdadeira. Quem sabe só dessa vez?

Um dia eu abri os olhos e me desesperei. Sozinha de novo? Me virei e sorri aliviada. Alguém dormia como uma criança. No dia seguinte me disse que do meu lado dormir tinha um sabor todo especial.

E se o tal do amor existir mesmo? Difícil vai saber onde ele se esconde.

Um dia eu abri os olhos. Era muito cedo, madrugada, e alguém velava por mim entrelaçando os dedos nos meus cabelos. –O que você está fazendo? – Te olhando. Dorme.

E se o tal do amor existir mesmo?

Existe não.

Alguém falou, das bruxas. Eu não acredito nelas, mas que elas existem, existem.

O amor? Não existe não. Mas eu acredito nele. E espero por ele.
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