quarta-feira, março 18, 2009

A caridade nunca falha?

Às vezes eu me pergunto se eu ajudo os outros pela simples satisfação em ajudar, ou pela resenhas positivas que virão dessa ajuda. Essa semana ajudei uma pessoa que mal conhecia e que precisava de mim. Não me vustou nada, eu gostei de ajudá-la, mas em algum momento eu já pensava na recompensa que viria daquilo e me dei conta de que o ser humano está sempre à espera dos frutos do seu trabalho, por mais voluntário e altruísta que seja. E por recompensa, entenda-se, eu não quero dizer a inclusão do meu nome num testamento milionário ou um prêmio de mil dólares. Um simples reconhecimento da minha "grandeza" já me basta...

Isso me lembra em texto de A. C. Grayling, em que ele debate a veracidade da caridade cristã: o ato de se doar em busca da recompensa divina (ainda que não nessa Terra), ou por medo da vingança divina. Será que nós somos compelidos a ajudar o próximo pelo puro e simples fato de que o amamos ou porque queremos que São Pedro abra os portões do céu para nós, ou porque queremos que o próximo faça uma propaganda positiva para nós?

Não sei. A única coisa que eu sei é que eu já oro por mim há muito tempo e o fato de saber que os amigos que eu ajudo oram por mim me faz pensar que as benção virão de qualquer maneira.
© 2006 Neurótica