quinta-feira, fevereiro 12, 2009

Um dia a gente cresce

E tudo se complica ainda mais.
Quando eu era pequena, uma adulta da imnha convivência, casada, tinha um caso. O homem do casal melhor amigo do casal do qual ela fazia parte. Nenhum dos quatro amava o seu cônguje. Eu pensava, mas que povo complicado, separa todo mundo, ela fica com ele e os outros dois vão procurar o que fazer. Simples assim.

As crianças anseiam por crescer, porque acham que a independência da vida adulta vai facilitar e simplificar tudo. Não ter hora pra voltar pra casa, não ter que pedir permissão pra nada, viajar o quanto quiser. Mas aí as complicações da vida adulta chegam. Você não pode simplesmente separar de um, ficar com o outro, fazer birra quando não recebe o que pensa que merece, não pode matar aula pra ir namorar escondido. Mesmo porque, não tem ninguém pra regular o seu namoro agora.

A vida perde um pouco das suas cores. Eu acho que eu me mantive muito criança. Eu me lembro demais o quanto é importante namorar antes do tempo, chegar em casa mais cedo pra assistir desenho animado, dormir na casa da amiguinha. Talvez seja por isso que eu me prenda tanto aos meninos da minha vida, e fuja um pouco dos homens. Porque brincar na cama, num sentido completamente não-sexual é bom demais também.
© 2006 Neurótica