quarta-feira, agosto 16, 2006

Afinal, o que vale a pena:

Tudo vale a pena, se a alma não é pequena. Isso segundo Fernando Pessoa.
Segundo eu, não sei o que vale a pena.
Aí me peguei aqui pensando: o que me impede de empacotar tudo, ou até mesmo nada, e simplesmente voltar pro meu mundo?
Não meu mundo, porque meu mundo eu ainda não sei onde está. Mas pelo menos voltar pra um mundo onde eu sou mais eu e licuri é coco pequeno. Ou seja, não dependo de ninguém pra nada, não preciso abaixar a cabeça pra nenhum tipo de ditador. O último ditador pra quem abaixei a crista foi meu pai. Foi o único. Depois que aprendi, dele mesmo, que quem paga as contas manda, não levou muito tempo pra eu passar a mandar. Mas de alguma forma eu ando perdendo isso ultimamente. Estou abrindo mão do meu direito de fazer o que me der na telha.
Paciência, garota, paciência. É fase que passa, enfrente isso tudo pra poder falar mais alto ainda daqui a uns poucos pares de anos.
Talvez valha a pena retroceder no meu orgulho e ouvir uns gritos de um chefe tirano. Ou não. Sei lá.
Por agora, foda-se. Tenho dito.
© 2006 Neurótica