segunda-feira, fevereiro 19, 2007

E você, o que espera da vida?

Na escala social brasileira a minha família sempre se encaixou na classe "pobre remediado". O que isso signifca? Que eu posso aguentar muita barra no campo financeiro.
Por outro lado, a minha família sempre foi, conceitualmente, composta por uma mãe e duas filhas. Meu pai sempre existiu e sempre apoiou como pode, mas ele não estava lá. Não era parte do conjunto. Éramos mais como uma interseção de dois conjuntos separados, onde eu e minha irmã éramos os elementos em comum, mas meus pais sempre foram elementos completamente estranhos. E se eu me permito o luxo de ter algum trauma de infância, é esse. Não que eu quisesse que O MEU pai fizesse parte do nosso conjunto, isso seria muito estranho, visto que ele sempre foi um ser totalmente estranho e um tanto quando esrtanho pra mim. Mas eu queria UM pai que fosse parte desse conjunto. A diferença entre O MEU e UM pai? A minha mãe. Eu queria um pai que fosse capaz de fazer a minha mãe feliz.
E é por isso que o dia em que eu ouvi "o melhor que um pai pode fazer por seus filhos é amar a mãe desses filhos" eu entendi exatamente do que se tratava e decidi que eu queria um pai assim pros meus filhos.
Com o tempo fui agregando mais qualidades ao meu ideal de pai para os meus filhos e hoje em dia esse perfil é muito bem definido. Hoje eu já sei que o pai dos meus filhos tem apenas que ser capaz de fazer feliz a mim e aos nossos filhos, tem apenas que desejar esses filhos tanto quanto eu.
E eu espero que a vida me de forças pra escolher o que é melhor pra mim. É só isso que eu quero da vida.
© 2006 Neurótica