segunda-feira, janeiro 07, 2008

E se...? (ou A dona da história)


Quando eu era pequena eu li um livro com esse título. Contava a história d eum garoto que se ocupava demais em ficar cogitando as possibilidades e deixava de aproveitar a vida. Mas às vezes eu me pego a pensar, e se:
Você já parou pra pensar como a sua vida seria diferente se...

...eu tivesse trabalhado como comissária de vôo, provavelmente ainda estaria enterrada no mesmo emprego, ou desiludida recomeçando tudo do zero. Poderia estar casada com aquele looser.

...antes disso, eu tivesse cursado atres cênicas, eu poderia me sentir realizada, mas vivendo de esmolas, porque a arte no Brasil não é bem recompensada. Eu não teria saído de Curitiba tão cedo, talvez até estivesse lá ainda. Ou então tava no Rio, me matando por um papel em Malhação.

...antes disso tudo, eu tivesse realmente casado com o meu primeiro namorado, que eu achava que era o homem da minha vida. Eu estaria divorciada (porque cedo ou tarde eu edescobriria que ele não valia nada) com uns dois ou três filhos, vivendo aquela vida fanática na igreja.

...eu tivesse desistido do emprego no hotel e tivesse ido pra França. Poderia ter simplesmente feito um estágio bacana lá e voltado pro Brasil, ou o menino poderia eralmente estar morrendo de amores por mim, poderia estar casada com ele, mas morrendo de vontade de ter um caso com o amigo dele (eu conheci em outra ocasião, ah lá em casa...) Mas eu poderia estar vivendo entre as ruas parisienses, indo ao Louvre aos fins de semana só pra aliviar a alma.

...eu tivesse mantido os planos de ir pra Espanha ao invé de vir pra cá. Ainda estaria sozinha, correndo atrás de um tal de grande amor sem encontrar, porque eu não encontraria por lá. Mas estaria feliz ao lado do meu amigo de todas as horas, meu melhor homem que só não é amante, mas é pai, filho, irmão, marido e conselheiro. Mas estaria servindo mesa.

Essas foram as cinco maiores mudanças que eu não fiz na minha vida, seja por maturidade, por responsabilidade, ingenuidade ou simplesmente porque eu resolvi ouvir o Deus tinha a me dizer.

Que bom que eu não fiz nada disso. No final das contas, eu sigo o meu destino e sou a dona da minha história.
© 2006 Neurótica